Eu deixo que fodam minha vida.
Deixo sem muita relutância
Deixo que estuprem meus sentimentos
E que depois deixem o sangue pingando, escorrendo.
Lágrimas pingando, escorrendo.
Eu vou descendo pelo ralo...
sexta-feira, 27 de dezembro de 2013
quinta-feira, 26 de dezembro de 2013
terça-feira, 17 de dezembro de 2013
domingo, 15 de dezembro de 2013
Toda serelepe a bailarina rodopiava passando rodovias
Tinha pessoas
Tinha frufru
Tinha saltos
Altos,
Sapatos.
Não tinham patos
Mas tinham passos
Firmes,
Leves,
Atrapalhados.
As estrelas brilhavam de curiosidade,
"Quem é ela?" Se perguntavam
E num rodopio respondeu:
"Sou bailarina. Que baila e anima, que encanta as estrelas com a ponta dos pés."
E pela sua trilha foi...
Mas na pilha da bailarina, as estrelas começaram a dançar todas as noites,
Todas fazendo caminhos no céu.
Todas num balé astral.
Tinha pessoas
Tinha frufru
Tinha saltos
Altos,
Sapatos.
Não tinham patos
Mas tinham passos
Firmes,
Leves,
Atrapalhados.
As estrelas brilhavam de curiosidade,
"Quem é ela?" Se perguntavam
E num rodopio respondeu:
"Sou bailarina. Que baila e anima, que encanta as estrelas com a ponta dos pés."
E pela sua trilha foi...
Mas na pilha da bailarina, as estrelas começaram a dançar todas as noites,
Todas fazendo caminhos no céu.
Todas num balé astral.
Estou me afogando em águas turbulentas
Porque não sei nadar
Estou vivendo minhas desgraças
E não sei rezar
Estou afundando no silêncio
Porque não consigo falar
Estou cheia de tudo
Porque não consigo aproveitar
Estou fedendo a cigarro
Porque não paro de fumar, nem comecei a tentar.
Estou indo na direção errada
Mas não posso voltar
Estou enjoada da minha companhia
Porque não tenho alguém pra conversar
Estou desiludida e com um vazio
Porque estou deixando minha vida passar.
Porque não sei nadar
Estou vivendo minhas desgraças
E não sei rezar
Estou afundando no silêncio
Porque não consigo falar
Estou cheia de tudo
Porque não consigo aproveitar
Estou fedendo a cigarro
Porque não paro de fumar, nem comecei a tentar.
Estou indo na direção errada
Mas não posso voltar
Estou enjoada da minha companhia
Porque não tenho alguém pra conversar
Estou desiludida e com um vazio
Porque estou deixando minha vida passar.
sábado, 12 de outubro de 2013
Adeus, foi um prazer
Já é tarde e chove lá fora,
Já passou da minha hora.
Tenho que ir agora.
Adeus, foi um prazer.
Prazer te conhecer,
Prazer te lamber, te morder.
Espero sonhar com você.
Já passou da minha hora.
Tenho que ir agora.
Adeus, foi um prazer.
Prazer te conhecer,
Prazer te lamber, te morder.
Espero sonhar com você.
sábado, 24 de agosto de 2013
De onde venho não tem lei,
Não tem rei.
De onde eu venho não tem nada, não tem tudo.
Não está no mundo,
No mundo não estou.
De onde venho?
Por vezes sul, por vezes norte.
De onde venho a luz é clara,
A música é alta
A gente não para.
A gente não para de sentir
De onde eu venho, o toque é afago,
O beijo é abraço, o choro é sorriso.
De onde venho basta sentir.
Basta ser.
Não tem rei.
De onde eu venho não tem nada, não tem tudo.
Não está no mundo,
No mundo não estou.
De onde venho?
Por vezes sul, por vezes norte.
De onde venho a luz é clara,
A música é alta
A gente não para.
A gente não para de sentir
De onde eu venho, o toque é afago,
O beijo é abraço, o choro é sorriso.
De onde venho basta sentir.
Basta ser.
Não consigo escrever como antigamente
Não consigo ser como era antigamente
Não consigo chorar como chorava antigamente
Não sei ser antiga como era antigamente
Não consigo dormir como dormia antigamente
Não consigo pensar como pensava antigamente
Não consigo caminhar como caminhava antigamente
Não consigo me apaixonar como me apaixonava antigamente
Não sei ser cheia como era antigamente
Não aguento me sentir vazia como me sinto ultimamente.
Não consigo ser como era antigamente
Não consigo chorar como chorava antigamente
Não sei ser antiga como era antigamente
Não consigo dormir como dormia antigamente
Não consigo pensar como pensava antigamente
Não consigo caminhar como caminhava antigamente
Não consigo me apaixonar como me apaixonava antigamente
Não sei ser cheia como era antigamente
Não aguento me sentir vazia como me sinto ultimamente.
Meu bem, não é pessoal
Eu sou do mundo
E o mundo é de ninguém
Amor, não quero me fechar
Nem te magoar.
Na verdade, não deu tempo pra isso
Foram dois, foram horas.
Me desculpe se seu tempo foi desperdiçado
Não tenho medo
Não tenho vontade de voltar
Não tenho vontade de continuar a tortura
Eu tenho apenas que te deixar em paz
Você não é pra mim, eu não sou pra você.
Não daria certo.
Eu sou do mundo
E o mundo é de ninguém
Amor, não quero me fechar
Nem te magoar.
Na verdade, não deu tempo pra isso
Foram dois, foram horas.
Me desculpe se seu tempo foi desperdiçado
Não tenho medo
Não tenho vontade de voltar
Não tenho vontade de continuar a tortura
Eu tenho apenas que te deixar em paz
Você não é pra mim, eu não sou pra você.
Não daria certo.
sábado, 3 de agosto de 2013
Gargalho minhas tristezas com a esperança de que tudo de bom possa me acontecer, cuspo minhas decepções para que elas não possam mais voltar. Vivo numa ilusão de que tudo isso funciona, mas isso não é uma frustração. Caguei minhas frustrações pro resto do mundo.
Me desculpem por infectá-los mas ninguém é tão bom sempre. Ninguém é tão bom.
Me desculpem por matar os peixes que nadavam tranquilamente. Os matei de raiva. Eu tinha que jogar minha raiva em algum lugar.
Sei que não vou para o latíbulo, sei que não vou tomar um café levemente adocicado com deuses. Sei que se eu for tomar um café será amargo como o gosto das gargalhadas ecoadas aos sete ventos.
Me desculpem por matá-los aos poucos, por encher a paciência.
Me desculpem por infectá-los mas ninguém é tão bom sempre. Ninguém é tão bom.
Me desculpem por matar os peixes que nadavam tranquilamente. Os matei de raiva. Eu tinha que jogar minha raiva em algum lugar.
Sei que não vou para o latíbulo, sei que não vou tomar um café levemente adocicado com deuses. Sei que se eu for tomar um café será amargo como o gosto das gargalhadas ecoadas aos sete ventos.
Me desculpem por matá-los aos poucos, por encher a paciência.
domingo, 30 de junho de 2013
sexta-feira, 31 de maio de 2013
Na avenida os carros passam a todo vapor
Sem timidez ou por favor
No quarto, estou debaixo do cobertor
Lá fora, o calor já passou
Da janela, vejo tudo
Vejo as luzes, vejo o céu, vejo o mundo
Só não vejo você
Na avenida o barulho não cala
A lua não apaga
Você não passa.
Na avenida o orelhão toca sempre a mesma hora
E se eu atender agora
Será que você vai falar Oi?
Sem timidez ou por favor
No quarto, estou debaixo do cobertor
Lá fora, o calor já passou
Da janela, vejo tudo
Vejo as luzes, vejo o céu, vejo o mundo
Só não vejo você
Na avenida o barulho não cala
A lua não apaga
Você não passa.
Na avenida o orelhão toca sempre a mesma hora
E se eu atender agora
Será que você vai falar Oi?
Tô sozinho nesse barco
Tô sozinho nesse mar
Tô sozinho nessa ilha
Vou sozinho navegar
Você tá nesse coco que bebo
Você tá nesse poema que escrevo
Nesse chão que durmo
Você tá no cuspe que engulo
Você tá aqui
Você tá ali
Você tá lá
Você tá longe.
Eu to sozinho nessa cozinha escura
Você tá nessa cachaça pura
Eu tô sozinho na sombra
Você tá no vento que sopra
Eu tô sozinho nesse não
E você não tá aqui pra apertar minha mão.
Tô sozinho nesse mar
Tô sozinho nessa ilha
Vou sozinho navegar
Você tá nesse coco que bebo
Você tá nesse poema que escrevo
Nesse chão que durmo
Você tá no cuspe que engulo
Você tá aqui
Você tá ali
Você tá lá
Você tá longe.
Eu to sozinho nessa cozinha escura
Você tá nessa cachaça pura
Eu tô sozinho na sombra
Você tá no vento que sopra
Eu tô sozinho nesse não
E você não tá aqui pra apertar minha mão.
terça-feira, 14 de maio de 2013
Puta vida!
Puta é você que fodeu minha vida
Cobrou minha alma,
Levou minha alma
Levou como se nada tivesse acontecido
Só mais uma fodida nesse dia chuvoso
Puta chuva!
Puta bonita
Puta
Que de puta só tem a esperteza
Puto eu!
Tô puto, sou puto.
Tu, sua puta, me transformou em um puto sem alma.
Puta merda!
Puta é você que fodeu minha vida
Cobrou minha alma,
Levou minha alma
Levou como se nada tivesse acontecido
Só mais uma fodida nesse dia chuvoso
Puta chuva!
Puta bonita
Puta
Que de puta só tem a esperteza
Puto eu!
Tô puto, sou puto.
Tu, sua puta, me transformou em um puto sem alma.
Puta merda!
sábado, 4 de maio de 2013
Me perco na tua voz
Me perco na esquina da tua casa
Me perco na canção do Chico Buarque
Me perco
Na espera que tu me ache
Me perco no carrinho de churros
Me perco no grampo que prende teus fios da nuca
Me perco no medo
Que tu não me ache nunca
Me perco sempre
Vivo me perdendo por aí
Confiando que vai procurar partes de mim
Me perco
E quem vai me achar?
Me perco na esquina da tua casa
Me perco na canção do Chico Buarque
Me perco
Na espera que tu me ache
Me perco no carrinho de churros
Me perco no grampo que prende teus fios da nuca
Me perco no medo
Que tu não me ache nunca
Me perco sempre
Vivo me perdendo por aí
Confiando que vai procurar partes de mim
Me perco
E quem vai me achar?
domingo, 28 de abril de 2013
sexta-feira, 26 de abril de 2013
segunda-feira, 8 de abril de 2013
mas que porra
"Falar hoje em dia e facil quero ver é fazer a pessoa feliz."
Vai fazer feliz tua mãe!
Eu sou feliz.
Mentira
Mas você falando que vai fazer fulando feliz e blábláblá
Toda essa clichezada escrota
Me deixa mais infeliz.
Assim você não vai me fazer feliz e vai poder calar essa boca infeliz.
Animal.
Vai fazer feliz tua mãe!
Eu sou feliz.
Mentira
Mas você falando que vai fazer fulando feliz e blábláblá
Toda essa clichezada escrota
Me deixa mais infeliz.
Assim você não vai me fazer feliz e vai poder calar essa boca infeliz.
Animal.
terça-feira, 2 de abril de 2013
domingo, 17 de março de 2013
Toda aquela agitação da minha vida acabou
Tá tudo parado e eu continuo preocupada
Com tudo.
Com você.
Me preocupa teu jeito
Me preocupa tua preocupação, tua falta de animo
Me preocupa tua tristeza.
Me preocupa que tu leia o que escrevo pra ti
Não leia!
Me preocupa que te sintas péssima por ter me dado um fora
Mas querida, foi bom.
Não pude te ter
mas pude ter teu fora,
Teu "sai-daqui"
Não saí.
Sou rebelde e não te obedeço
Tu também é bem rebelde e não me obedece.
Me disse que tem medo que te abandonem
Vai ter medo se eu não te abandonar
Digo isso porque eu mesmo tenho medo de mim
E é que eu já me abandonei faz tempo.
Tá tudo parado e eu continuo preocupada
Com tudo.
Com você.
Me preocupa teu jeito
Me preocupa tua preocupação, tua falta de animo
Me preocupa tua tristeza.
Me preocupa que tu leia o que escrevo pra ti
Não leia!
Me preocupa que te sintas péssima por ter me dado um fora
Mas querida, foi bom.
Não pude te ter
mas pude ter teu fora,
Teu "sai-daqui"
Não saí.
Sou rebelde e não te obedeço
Tu também é bem rebelde e não me obedece.
Me disse que tem medo que te abandonem
Vai ter medo se eu não te abandonar
Digo isso porque eu mesmo tenho medo de mim
E é que eu já me abandonei faz tempo.
Esse negócio de calor não é comigo
Nem de frio
Pulo linha
Dou espaços desnecessários
Porque não posso pular minha vida
Posso pular da janela do décimo terceiro andar
Mas cadê a coragem?
Cadê a falta de vergonha na cara?
Saiu.
Vou enrolando
Falando que por minha mãe fico aqui
Mas é tudo mentira
Tão covarde sou
Burra...
Mudei de assunto
Pulei de um assunto para o outro
Porque não posso mudar minha vida.
Poder eu posso
Mas a preguiça é tanta
Que espero deitado no sofá da sala,
Assistindo novela das sete
O capeta vir me buscar.
Nem de frio
Pulo linha
Dou espaços desnecessários
Porque não posso pular minha vida
Posso pular da janela do décimo terceiro andar
Mas cadê a coragem?
Cadê a falta de vergonha na cara?
Saiu.
Vou enrolando
Falando que por minha mãe fico aqui
Mas é tudo mentira
Tão covarde sou
Burra...
Mudei de assunto
Pulei de um assunto para o outro
Porque não posso mudar minha vida.
Poder eu posso
Mas a preguiça é tanta
Que espero deitado no sofá da sala,
Assistindo novela das sete
O capeta vir me buscar.
quarta-feira, 13 de março de 2013
Decidi.
Tá decidido
Não faço mais versos bobos pra você.
Não adianta.
Não vou ser a primeira a falar mais
Não vou puxar assunto.
Não vou te ver mais
Me faz sofrer.
Não vou te abraçar
Me faz sofrer ainda mais.
Sim, vou dar uma de criança mimada
Pra ver se pelo menos isso fica um pouco mais fácil.
Não faço mais versos bobos pra você.
Não adianta.
Não vou ser a primeira a falar mais
Não vou puxar assunto.
Não vou te ver mais
Me faz sofrer.
Não vou te abraçar
Me faz sofrer ainda mais.
Sim, vou dar uma de criança mimada
Pra ver se pelo menos isso fica um pouco mais fácil.
sexta-feira, 8 de março de 2013
Te dedico versos tantos
Tua pele pálida me lacrimeja os olhos
Teu sorriso escondido me dá calor
Teu abraço me dá medo
Medo de ser o último.
O encontro me dá medo
Medo de ser o último oi, último tchau
Isso me dá medo.
Você me dá medo
Você me faz ter vergonha de mim
É estranho.
Acho que por isso te dedico tantos versos tontos.
Tua pele pálida me lacrimeja os olhos
Teu sorriso escondido me dá calor
Teu abraço me dá medo
Medo de ser o último.
O encontro me dá medo
Medo de ser o último oi, último tchau
Isso me dá medo.
Você me dá medo
Você me faz ter vergonha de mim
É estranho.
Acho que por isso te dedico tantos versos tontos.
De tanto que guardei, hoje transborda
Hoje me esgota emoções que quero te dizer
Que quero viver
E se possível, com você.
Não tô nem aí se te choca,
Mas tô bem aí se te toca, se mexe contigo.
Porque menina, tu mexe comigo.
Já te pedi desculpas tantas vezes que não tenho mais desculpas no meu vocabulário.
Esgotou. Acabou.
Minha pouca luz interior acabou sem você aqui.
Sobrou um: me desculpa.
Agora sim, acabou.
Hoje me esgota emoções que quero te dizer
Que quero viver
E se possível, com você.
Não tô nem aí se te choca,
Mas tô bem aí se te toca, se mexe contigo.
Porque menina, tu mexe comigo.
Já te pedi desculpas tantas vezes que não tenho mais desculpas no meu vocabulário.
Esgotou. Acabou.
Minha pouca luz interior acabou sem você aqui.
Sobrou um: me desculpa.
Agora sim, acabou.
domingo, 3 de março de 2013
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
Vivo com dores
Vivo sem amores
Vivo cheia
Quase sempre vivo feia
Vivo pelos cantos
Vivo os desencantos
Vivo, oi, tim, claro.
Vivo sem tudo
Vivo com nada
Vivo planejando o futuro
Vivo desperdiçando tempo
Vivo sem créditos, sem bônus, sem promoções.
Sobrevivo com o convívio
Sobrevivo com a vivo.
Vou mudar pra claro
Pra ver se não me sai tão caro.
Vivo sem amores
Vivo cheia
Quase sempre vivo feia
Vivo pelos cantos
Vivo os desencantos
Vivo, oi, tim, claro.
Vivo sem tudo
Vivo com nada
Vivo planejando o futuro
Vivo desperdiçando tempo
Vivo sem créditos, sem bônus, sem promoções.
Sobrevivo com o convívio
Sobrevivo com a vivo.
Vou mudar pra claro
Pra ver se não me sai tão caro.
Não sou poeta
Não sou profeta
Não sou autor
Não sou cantor
Tampouco pastor.
Não sou sincero
Não sou severo
Não sou ingênuo
Nem pense que sou estrênuo.
Não sou malabarista, pianista
Não sou escritor
Não sou pintor
Não sou artista.
Não sou otimista
Mas também não sou pessimista.
O que sou, na real não sou
Quando sou, na real, estou
Estou sendo. Vou sendo
Seguindo
Não sou entendido
Está tudo entendido?
Não sou profeta
Não sou autor
Não sou cantor
Tampouco pastor.
Não sou sincero
Não sou severo
Não sou ingênuo
Nem pense que sou estrênuo.
Não sou malabarista, pianista
Não sou escritor
Não sou pintor
Não sou artista.
Não sou otimista
Mas também não sou pessimista.
O que sou, na real não sou
Quando sou, na real, estou
Estou sendo. Vou sendo
Seguindo
Não sou entendido
Está tudo entendido?
Águas.
Nas águas claras eu vejo minha alma sombria
Nas gotas transparentes vejo a inquietude ambiental, espiritual
Natural.
Nas águas profundas do lago enxergo meu profundo vazio
Nas noites escuras sinto frio.
Olhando esse liquido cristalino
Vivo um paradoxo infernal.
Nas águas caídas do portal divino
Imagino-me no meu próprio funeral
Estou ficando louca.
terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
terça-feira, 12 de fevereiro de 2013
Não me faça ir onde não quero
Não me force a ser o que espera
Não me faça ficar atada aos nós da indecisão
Não me faça dar satisfação
Não me force a sorrir e dizer sim
Quando quero dizer não
Não me faça sair quando só quero dormir
Não me faça falar quando só quero pensar
Não me faça escutar quando quero ignorar
Não espere que eu seja comum
Não existe comum de um.
Não me force a ser o que espera
Não me faça ficar atada aos nós da indecisão
Não me faça dar satisfação
Não me force a sorrir e dizer sim
Quando quero dizer não
Não me faça sair quando só quero dormir
Não me faça falar quando só quero pensar
Não me faça escutar quando quero ignorar
Não espere que eu seja comum
Não existe comum de um.
Nesse quarto maldito
Da roupa maltrapilha se despe
Desprende seus cachos da cela elástica
Nesse quarto fodido
A sós com sua dor
Deita no leito proibido
Repousando sua cabeça em travesseiro imundo
Repousando sua memória eidética
Descansando esse espírito moribundo.
Nesse quarto fedido
Relembra sua vida lixo
Por um momento desapega-se de tudo.
Desapega-se do mundo.
Da roupa maltrapilha se despe
Desprende seus cachos da cela elástica
Nesse quarto fodido
A sós com sua dor
Deita no leito proibido
Repousando sua cabeça em travesseiro imundo
Repousando sua memória eidética
Descansando esse espírito moribundo.
Nesse quarto fedido
Relembra sua vida lixo
Por um momento desapega-se de tudo.
Desapega-se do mundo.
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
Veja
Essas veias da finura de teias
De aranha
Que não arranha, dá o bote
Golpe de sorte.
Veja
Essas veias
Cheias
De sangue
Veja
Essas veias extensas,
Tensas,
Expostas
Em seus postos
À espera da fera.
Veja estas veias sangrando, jorrando.
Nesse momento, veias vazias
Pele fria.
Veja
Essa dona
Hoje não foi seu dia de sorte
Foi o dia de sua morte.
Essas veias da finura de teias
De aranha
Que não arranha, dá o bote
Golpe de sorte.
Veja
Essas veias
Cheias
De sangue
Veja
Essas veias extensas,
Tensas,
Expostas
Em seus postos
À espera da fera.
Veja estas veias sangrando, jorrando.
Nesse momento, veias vazias
Pele fria.
Veja
Essa dona
Hoje não foi seu dia de sorte
Foi o dia de sua morte.
Palhaço listrado.
Borrei minha maquiagem de palhaço
E junto foi caindo gotas mal feitas do meu rosto borrado ,
Pingando o que era antes do diálogo inventado.
Diálogo inventado nessa tua mente doente, falado.
Antes de todo esse lixo verbal ser jogado em cima de mim.
Estou me desfazendo em líquido salgado.
Meu reflexo no espelho está apavorado.
Sou o mestre da alegria alheia, do tipo faça-os rir-ou-morra.
Quem me faz sorrir?
Ninguém me faz sorrir.
Mas tu, só tu, borrou minha maquiagem.
Desfiz.
Fui.
Desfui.
E junto foi caindo gotas mal feitas do meu rosto borrado ,
Pingando o que era antes do diálogo inventado.
Diálogo inventado nessa tua mente doente, falado.
Antes de todo esse lixo verbal ser jogado em cima de mim.
Estou me desfazendo em líquido salgado.
Meu reflexo no espelho está apavorado.
Sou o mestre da alegria alheia, do tipo faça-os rir-ou-morra.
Quem me faz sorrir?
Ninguém me faz sorrir.
Mas tu, só tu, borrou minha maquiagem.
Desfiz.
Fui.
Desfui.
sábado, 2 de fevereiro de 2013
Chuva que não lava a alma
Só traz mais lama pra minha porta
Chuva que não traz calma
Me sinto morta.
Chuva fraca sem importância
O dia todo cinzento
Todo dia
Ninguém na rua
Almas vivas
Gente dormindo
Gente chorando por pura solidão
Gente sem importância.
Afogados em chuva-miséria
Afogados em pouco, em nada.
Quase nada.
domingo, 6 de janeiro de 2013
Me encanta o jeito que teus lábios recém-ressecados aperta o cigarro
Me encanta o modo que tua pequenina orelha abriga tantos brincos
Me encanta tua marca de nascença em teu longo pescoço
Me encanta teus cabelos caídos sobre os olhos caramelizados
Me encanta tuas mãos, tuas unhas cortadas e sem esmalte algum
Me encanta teu riso exagerado
Estou jogado aos seus pés.
Me encanta o modo que tua pequenina orelha abriga tantos brincos
Me encanta tua marca de nascença em teu longo pescoço
Me encanta teus cabelos caídos sobre os olhos caramelizados
Me encanta tuas mãos, tuas unhas cortadas e sem esmalte algum
Me encanta teu riso exagerado
Estou jogado aos seus pés.
Prostituta
Astuta
Carente
Puta
Enxuta
Não passa de um produto
Faz gozar em um minuto.
Repito, carente
Mas é valente.
"Não precisa ser vidente para saber o que eles querem quando chegam aqui. Quatro letras: S-E-X-O. Óbvio.
Tem os "manos", insanos, puritanos... Tem de tudo. Tem nada. Não sinto nada, de verdade.
A verdade é que nada me preenche. Tudo me enche. E se não enche, por que não enche? Não me importo o que digam, o que façam.
Às vezes, ser puta, prostituta, garota de programa, vagabunda, mulher de esquina cansa. Uma trepada não vai te esquentar de noite, uma trepada não vai te fazer cafuné antes de dormir, uma trepada não vai te fazer sorrir à toa, dormir de conchinha. É só uma trepada. Uma trepada é só uma trepada."
Astuta
Carente
Puta
Enxuta
Não passa de um produto
Faz gozar em um minuto.
Repito, carente
Mas é valente.
"Não precisa ser vidente para saber o que eles querem quando chegam aqui. Quatro letras: S-E-X-O. Óbvio.
Tem os "manos", insanos, puritanos... Tem de tudo. Tem nada. Não sinto nada, de verdade.
A verdade é que nada me preenche. Tudo me enche. E se não enche, por que não enche? Não me importo o que digam, o que façam.
Às vezes, ser puta, prostituta, garota de programa, vagabunda, mulher de esquina cansa. Uma trepada não vai te esquentar de noite, uma trepada não vai te fazer cafuné antes de dormir, uma trepada não vai te fazer sorrir à toa, dormir de conchinha. É só uma trepada. Uma trepada é só uma trepada."
sábado, 5 de janeiro de 2013
Ando sozinha me sentindo insegura e infeliz, durmo sozinha me sentindo solitária e infeliz, como sozinha me sentindo gorda e infeliz. Falo sozinha me sentindo louca, solitária e infeliz. Tomo banho me sentindo limpa e infeliz, sorrio me sentindo tola e infeliz, assisto desenho animado sozinha me sentindo completamente desanimada.
Cai. Me machuquei feio.
Pela primeira vez não me senti sozinha. Senti dor, mas me senti feliz.
Cai. Me machuquei feio.
Pela primeira vez não me senti sozinha. Senti dor, mas me senti feliz.
As vezes quando vejo o vestígio da luz do sol iluminando um pedaço de calçada, a luz artificial borrada pelo pedaço da cortina do banheiro branco com flores rosas, o canto enlouquecedor do periquito na cozinha, o choro do bebê desesperado. As vezes- quase sempre- me dá uma enorme vontade de chorar. Não choro.
Por que?
Acho que tenho medo de ser ridícula. Medo de ser ridícula em público.
Por que?
Acho que tenho medo de ser ridícula. Medo de ser ridícula em público.
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