sábado, 22 de dezembro de 2012

Por favor, recebam este meu adeus. Adeus de uma garota mimada, enganada, obrigada a se obrigar ser normal, comum. Garota estranha. Tremenda estranheza, tremenda sua tristeza.
Poucos a enxergam.
Recebam meu Adeus pois daqui a alguns instantes estarei entregue à Deus.
Morro de ódio,
Morro de rir,
Morro de amor,
Morro pela metade,
Morro só por morrer.
Morro por ti,
Morro de estudar,
Me mato de comer.
Morro de dor,
Morro de saudade,
Morro de escrever.
É tanta morte.
Morri tantas vezes e não deixei de respirar.
Quanta sorte!

Decepção.

Se perguntava o que os homens tanto conversavam na mesa de bar. Por que seu noivo demorava tanto para voltar pra casa quando dizia que ia ao bar tomar "aquela gelada" com os amigos.
Descobriu.
Não descobriu exatamente o que eles conversam na mesa de bar, mas descobriu o que conversam quando estão tomando "aquela gelada". Não descobriu exatamente o que conversam todos os homens, mas descobriu o que seu noivo e seus amigos conversam.
Conversam água. É, água!
Foi a pior descoberta que teve.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

E mais uma vez tu me fez chorar. Me fez chorar por saber mais, por ser mais, ter mais. Não chorei por inveja, mentira. Chorei por inveja, chorei de raiva, chorei de alegria.
Primeiro, como entrou aqui e por que fez isso? Como entrou aqui dentro de mim e saiu abrindo todas as portas, janelas, gavetas fechadas de dentro de mim? Por que escolheu logo a mim para ser tua vítima?
Não entendo.
Você me fez chorar. Chorei porque tu me conhece melhor que eu. Não me reconheço. Não me conheço. Nunca me conheci. Chorei de raiva. Quem te deu o direito de saber mais de mim? Quem te deu o direito de saber alguma coisa sobre mim?
Não posso mais fazer nada, já tá tudo aí... revelado. Você sabe o lixo humano que sou e ainda tá aqui. Por quê? Eu não te mereço, nunca te mereci e soube desde sempre. Mentira, nunca soube de nada.
Não te mereço porque foi a única pessoa que conseguiu me fazer chorar.

sábado, 8 de dezembro de 2012

É fácil amar o outro na mesa de bar, quando o papo é leve, o riso é farto, e o chope é gelado. É fácil amar o outro nas férias de verão, no churrasco de domingo, nas festas agendadas no calendário do de vez em quando.
 Difícil é amar quando o outro desaba. Quando não acredita em mais nada. E entende tudo errado. E paralisa. E se vitimiza. E perde o charme. O prazo. A identidade. A coerência. O rebolado. Difícil amar quando o outro fica cada vez mais diferente do que habitualmente ele se mostra ou mais parecido com alguém que não aceitamos que ele esteja. Difícil é permanecer ao seu lado quando parece que todos já foram embora. Quando as cortinas se abrem e ele não vê mais ninguém na plateia. Quando o seu pedido de ajuda, verbalizado ou não, exige que a gente saia do nosso egoísmo, do nosso sossego, da nossa rigidez, do nosso faz-de-conta, para caminhar humanamente ao seu encontro. Difícil é amar quem não está se amando.
 Mas esse talvez seja, sim, o tempo em que o outro mais precisa se sentir amado. Eu não acredito na existência de botões, alavancas, recursos afins, que façam as dores mais abissais desaparecerem, nos tempos mais devastadores, por pura mágica. Mas eu acredito na fé, na vontade essencial de transformação, no gesto aliado à vontade, e, especialmente, no amor que recebemos, nas temporadas difíceis, de quem não desiste da gente.
Estou no ponto máximo de mim mesmo. Estou cheio.
Cada texto que escrevo tem como início um aviso, e eu  lhes aviso, estou no meu limite. Aviso-lhes apenas para informar que não me enxam pois estou no meu ponto. Não me enxam o saco,não me façam enxer a boca de avulsas palavras sem sentido, não me enxem as tripas. Apenas me deixem quieto naquele sofá imundo que eu tanto gosto, me deixem no sofá que tanto parece comigo.
Sujos.
 Me esqueçam por dias, por favor. Não me liguem, não venham gritando meu nome na porta da minha casa sem ao menos serem convidados.
 Estou tão cheio de nada, tão cheio de coisas poucas, de assuntos sem a menor importância. A vida não tem importância.
Nada tem importância. 
Não me considero uma pessoa triste, tampouco feliz, Nunca fui feliz.
Não confio em pessoas sorridentes demais, com rostos oleosos e felizes, dentes amarelos e felizes, gargalhadas estridentes e fel... vazias. Não confio, pois são falsas. E não estou julgando ou sendo um deprimido razinza, estou sendo realista. Preste atenção, ninguém é feliz todos os dias, todas as horas do dia, todos os segundos. Ninguém sorri sempre pra desconhecidos. Irão pensar que você é maluco. Ou psicopata. Como que pessoas falsas com si mesmo serão verdadeiras com os outros? Estão tão apagadas por dentro que por necessidade ou algo parecido precisam exibir o brilho artificial de seus rosto oleosos. Acham que enganam algum otário. E enganam. Mas não a mim. Sei que na verdade só querem deixar as suas frustradas vidas sociais e ir pro colo da mãe. Só querem voltar ao tempo em que a sociedade não cagava em suas cabeças, tempo em que não tinham opiniões e deixavam que lhes empurrassem goela a baixo toda essa caralhada de  não-faça-isso-deus-está-vendo. Se é que eles vivenciaram esse tempo. Querem voltar os dias em que eram felizes com suas namoradas e/ou namorados, no tempo em que seu cachorro era vivo, no tempo em que seu liquidificador funcionara.
Todo mundo é triste, é o estado normal do ser humano. Felicidade vai e volta por tempo indeterminado de chegada e de partida. Deviam parar de ser falsos com si próprio e aceitar que vai ficar triste seja por você mesmo ou pelos outros.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

sábado, 17 de novembro de 2012

Eu não me lembro do último dia em que eu fui eu.
Sorrindo, chorando, pulando, cantando... Sempre sendo uma idiota, fingindo estar alegre ou chateando os outros com minhas tristezas estúpidas. Crises existenciais.
Algum dia eu fui realmente eu?
Não me lembro da noite passada. Estava completamente bêbada, queria esquecer essa merda que sou.
Não me lembro de ter vivido algo bom. Aliás, eu vivi?
Lá vai eu de novo. Crises existenciais.
Egoísta, melodramática.
Não me lembro da última vez que fiquei feliz por ser eu.
Não me lembro ter sido eu.
Eu vezes você o que dá?
Meu coração dividido.
 Onde irá parar?
Você me subtraindo
Eu querendo somar...
Entre nós há uma incógnita, meu bem
Você, um número inteiro, bonito, forte, autosuficiente
Eu, um número quebrado, aos pedaços, desolado, sozinho...

sábado, 10 de novembro de 2012

O que te agrada
Depois desagrada?
Nada aqui faz sentido
Tudo aqui tem que ser sentido
Refletido.

domingo, 4 de novembro de 2012

A porra dessa vida é baseada no correto e no errado. Felicidade, educação, riqueza... Isso é ter uma vida certa.
Não quero ter uma vida certa.
Não quero passar a minha vida toda, gastar os anos que me restam buscando uma vida certa.
 Certeza inalcançável.
Também não quero uma vida errada. Quem quer uma vida errada?
Eu quero apenas uma vida. Viver minha vida sem essa paranóia de certo e errado.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Eu sou o cigarro e você, o isqueiro que me acende.
Me deixe soltar a fumaça da natureza
Eu sou a nicotina e você é o fogo
Me deixe em chamas
Eu sou o copo e você, a cachaça.
Vai de vagar... Uma dose.
Vai enchendo... me enche!
Eu sou o pulso e você, a navalha.
Me corta
Me deixe sangrar
Me mate de prazer, me mate de dor
Me mate
Mas não antes de me satisfazer!

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Alimente-se do meu delírio!


Frida


Vai tecendo sua desgraça por esse mundo medíocre.  Detalhes do sofrimento alheio alerta os curiosos, divertem os curiosos. Detalhe!
Vai se cansando... Cansada de aturar tanta merda que sai das suas bocas imundas e fedorentas, cansada de sentir saudade da antiga inocência. Sua própria inocência. Sente falta do seu velho jeito de suportar tudo isso calada.
Rancor. Ancor. Cor. Falta de cor.
Escuridão. Solidão. Bando de bundão!
Sua tristeza atinge, aflinge. Finge que não se importa, finge que não se afeta com a falta da verdade. Fingida. Fugida. Sofrida. Frida.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Não me segurem
Estou decidido e vou em frente com isso
Não chorem
Não vou voltar.

Lavagem estomacal

Enfiam-me um tubo
Estou num túnel
Está doendo
Está escuro
Me limpam por dentro
Me secam a alma.
Eliminando a distensão abdominal
Evitando que eu vire um animal
Morto.
Está escuro
Está sujo.
Me esvaziam.
Me desentopem.
Não vou morrer.
Por que não me deixam morrer?
Não me tratem
Não me acordem
Não cuidem de mim
Me deixem aqui
Será que são capazes de me deixarem em paz?!
Ocultas a verdade
Para saciar tua vaidade
Pensas que tens liberdade
Tenha piedade!

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Teu cheiro doce me invadiu as narinas
E por um momento me esqueci da heroína, da cocaína, das aspirinas.
Tua pele me tocou.
Me senti como um filho da puta sortudo por achar uma poça d'água no deserto
Quis chegar mais perto.
 Você recuou.

Sujeito a me apaixonar
Sujeito por quem me apaixonei
Sujei-me e não me arrisquei
Sujeito, nem eu me perdoei.
Sujeito, eu não queria enganar e muito menos magoar
Sujei-me, sujei-me, sujei-me!
O jeito foi me matar
Para não ser o louco sujeito de te rejeitar.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Não me coma, amor. Não digo isso no sentido canibal ou sexual, mas sim sentimental. Não me coma.
Não me roube o amor que sinto por ti. O amor, o carinho, o afeto... Não me roube.
Por favor, não arranca-me os meus últimos sentimentos, e assim me deixando só os lamentos. Não arranca-me.

A verdade é que somos todos uns interesseiros.

Buscamos amor para nos sentirmos amados, para suprir nossa carência. Quando achamos esse amor ele quer o mesmo que nós, ou mais.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Meu cigarro acabou.
Tudo já virou fumaça
Evaporou
Que desgraça!
Na taça, o vinho acabou
Só sobrou a cachaça.
Quem vê por fora essa carcaça
Acha até graça.
Naquele instante eu vi
Sua saliva se misturando,
Seu corpo a tocando,
Você se excitando...
Naquele instante meu queixo caiu, minhas lágrimas cairam, meu mundo caiu.
E você nem viu que vi você ali.

Sinto...

Eu sinto o gosto amargo do café descendo goela abaixo
Eu sinto que nessa sociedade eu não me encaixo
Eu sinto as lembranças voltando como um relampâgo
Sinto minha garganta coçar a cada trago de cigarro que trago à minha boca
Eu sinto que com tudo vou ficando cada vez mais louca

Eu me sinto cansada, usada
Eu sinto meus pés pela calçada
Sinto-me sendo arrastada
Eu sinto o cheiro de lixo invadindo-me as narinas
Eu sinto a monotonia da rotina
Eu sinto e não me importo mais.

Me deixa

Se eu quero fumar
Me deixa
Não vem com esse falso moralismo
Me deixa fumar
Me deixa trepar
Me deixa
Se não fez da tua vida o que queria, não tente fazer da minha
Me deixa bolar meu back
Que eu não tô pedindo teu cheque pra comprar nada
Não vem botar idéia errada na minha cabeça
Que eu não presto, não valho nada
Cada um com o seu
E só tô pedindo o que é meu
Meu espaço, minha vida, meu eu
Me deixa fumar
Me deixa tentar
Me deixa errar
Mas me deixa tentar pra eu aprender
Pra eu entender o que eu quero ser
O que quero fazer
E se agora eu quero fumar
Me deixa.

Hipócritas imbecis!

Ê bando de filhos da puta hipocritas! Pedem paz para o governo, postam fotos no facebook pedindo paz mas não podem ver uma briga que já estão gritando "Puxa o cabelo dela!" , "Eu não deixava ela fazer isso"ou " Se fosse eu dava um soco."
Sinceramente, morram! O mundo não precisa de gente tão imbecil assim.  São pessoas como vocês, hipócritas imbecis, que o assumem o nosso governo e fazem o que querem com o nosso povo. Cagam na nossa cabeça.
E, pelo visto sou a única do meu grupo social que pensa assim, ou seja, no futuro vou ser banhada de merda.

Somos todos uns filhos da puta estúpidos e egoístas!

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Sou o caminho mais curto da chegada
Fico aqui parada
Esperando ser passada
Pra trás
E depois nunca mais ver você.
Sou o atalho mais rápido,
Mais fácil
Não precisa de mapa pra andar de madrugada.
Sou a distração para o ponto G,
O ponto final
Quando acaba não faz um sinal
De adeus,
Até nunca mais.
Vá em paz.
Vivendo amores,
Sentindo dores pelos amores passados.

domingo, 9 de setembro de 2012

Tirei a madrugada para ler blogs.
De todos que li mais da metade são de garotas de 15/16 anos (mais ou menos minha idade) em crise existencial ou apenas em crise. É tão comum os temas, tristezas semelhantes. Tão bom ler essas coisas e se sentir um pouco menos anormal.
Obrigada garotas. :)

Trecho

(...) Só quero uma frase dizendo que vai passar essa fase
Me dá teu colo
Sussurra-me coisas no ouvido
Diz que vai ficar tudo tranquilo
Por favor meu amor, quero você comigo pra onde eu for (...)

Aviso:

Por favor, não esperem grandes coisas da minha pessoa. Não tenho boa escrita mas se der sorte meus textos terá boas histórias.
 Espero que me ajudem (ou não).
Sempre fui boazinha demais, sempre estive com elas pra o que fosse, nunca percebi quando estava sendo usada até chegar o dia em que eu era descartada. Eu cansei, sinceramente. Estou com dores físicas, emocionais, espirituais e toda essa porcaria.
Eu ajudei e fui ajudada, talvez. Dei conselhos, compartilhei coisas minhas, escutei coisas. E tudo isso pra quê?
Pra ser descartada no final?
Isso tudo mexe muito com o meu emocional.
Que calor!
Que se foda!
Tô com raiva de todas estas palavras putas! Rimando entre si, fingindo que tem alguma sincronia...
Não passam de palavras vazias, solitárias. Não querem dizer nada mas falam tudo. Falam merda.
Por que tudo é você, tudo pra você?
Por que esse egoísmo?
Tuda de mim pra ti, toda de mim pra você
Mesmo sem querer, mesmo sem eu querer que seja tudo pra você.
Quer saber?! Vá se foder!

De todas as merdas que falo, faço, tu sempre ri mesmo que não tenha a mínima graça.

Vou parar e escrever o que sinto por você. É amor, ódio, rancor...
Eu sinto a dor da distância dos nossos corpos. Talvez isso nem tenha tanta importância.
Vou sentar e escrever que sinto falta de te escrever e no final de cada carta poder dizer te amo.



                                                                                                       Ps: Te amo.

O que é ser normal?

O que é ser normal?
E anormal?
Normal é ser igual,
Formal?
Ser fechado, trancado,
Reservado,
É ser manipulado?
É faltar com verdades?
É ser as grades de si próprio
Prendendo o "eu normal"
Isso é ser normal?

O tempo está comendo todas as mais belas poesias que existem em mim.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

A minha infância toda eu tive vergonha de admitir mas EU NÃO SEI ANDAR DE BICICLETA!
Ontem eu fui tentar andar e consegui!  Reparei que andar de bicicleta é como a vida:
Com quinze anos de idade aprendendo a andar de bicicleta, é uma coisa muito difícil. Primeiro, tentar se equilibrar em cima da bicicleta, admitir que tem que seguir sua própria vida; segundo, botar o pé no pedal, seguir a vida, tentar, viver. Terceiro, tentar, conseguir se sustentar ali por algum tempo relevante.
Eu reparei que enquanto eu tentava pedalar, eu não tirava o olho das rodas da bicicleta, do pedal. Na vida eu sou assim, não olho pra frente pro momento. Fico preocupada demais no rumo que as coisas estão tomando, fico preocupada por besteira, preocupada com o pedal, com o caminho que a roda da bicicleta vai fazer. Por eu ficar tão preocupada com o pedal, com a roda, com o rumo, eu acabo indo para o lugar errado, ficando em uma situação péssima exatamente por está preocupada com bobagem.
Eu tenho mesmo é que parar de me preocupar com o pedal da bicicleta e olhar pra frente, sentir o vento batendo no meu rosto e curtir o momento que sinceramente, não durou muito.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Me desculpa se não te conto logo toda essa merda que vem acontecendo comigo, me desculpa por ficar enrolando uma resposta quando você pergunta o que está acontecendo na minha vida, o que me deixa mal, o que me faz ficar triste do nada.  Por favor, eu só te peço que tenha paciência e que não deixe de perguntar se eu estou bem. Continue insistindo porque eu quero, eu juro que eu quero te contar tudo mas não consigo.
 Quando me contou toda a tua história me senti comovida por você ter coragem de contar tudo, por ter confiança em mim em dividir tudo. Me senti menos estranha, mais normal.
Obrigada por fazer eu me sentir assim todos os dias.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

"Me ensinaram uma maneira de ser feliz sempre, mas quando dei por mim estava apenas sendo monopolizada pelo sistema, iludindo-me que estava mais feliz que nunca. Quando dei conta me senti oca como aqueles coquinhos marrons."

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Ô ()
Ó o G  (sol) 
E ó  (mi)
Ó()
D!  ()
U(fá)
B mples   (si)
Me sinto feia diante dos teus olhos. Tenho nojo de mim.
Pra que me arrumar tanto para alguém que eu nem conheço? Desobedeço.
Tipos de corpos perfeitos para a sociedade, jeito de se vestir... E daí?
Passar maquiagem, alisar o cabelo, gastar todo o dinheiro para poder sorrir?
- Felicidade!
Mundo onde o mais bonito é mais feliz.
Não me encaixo.
- Bonito é ser baixo para andar de salto alto.
Por isso me sinto feia quando teus olhos gostam do que vê quando me vê, quando eu agrado você tenho nojo de mim.

Se quiser eu caio nesse teu papinho barato.

Voltou.

Você se foi
Eu fiquei
Você voltou
E ainda eu nem me preparei
Cabelo, maquiagem, timidez, excesso de estupidez

Você voltou e agora não consigo não pensar e ti
Não sei porque isso tudo
Nem gosto anto de você assim

Mas você não sai da minha cabeça
Fico idealizando o encontro
Reencontro
Pensando dia e noite no que eu quero que aconteça

Você ligou avisando que voltou
Avisando que vai vir aqui pra gente sair
Você voltou a não sair do meu pensamento
E eu voltei a me perguntar:
"Qual é esse sentimento?"
" Que o café abra teus olhos, te faça perder o sono.
Que o amor abra teu coração e te faça perder o sono."
Anabelle, 17 anos.
" A forma do teu corpo,
A forma do teu rosto,
A forma da tua vida
Cabe a você escolher."
Coronel Julho, 52 anos.

Quem sou eu

Quem sou eu:
O orkut pedia para eu escrever algo ali mas quem sou eu?
Foram frases, músicas, versos, textos, contos, piadas... E nada.
Ainda não sei quem sou.
É tão superficial toda essa coisa de quem é você.
"Sou tímida, meiga, em quatro paredes sou selvagem e tenho aids"?
Quem sou eu
O orkut insiste e, pelo visto vai continuar a insistir até que eu descubra quem sou eu.

O que eu preciso sentir para escrever

Razão, emoção, imaginação, paixão e solidão.
" Segunda dia dois,
Terça dia três,
Quarta dia quatro e
Sexta dia seis."

Sair daqui e chegar lá. Não importa onde o lá seja porque daqui a alguma tempo o lá será o aqui.



E não é que eu estava certa?
Com toda essa simpatia conquistou até minha tia
Mostrando-se um bom moço
Em menos de uma hora acaba com um maço
Puxando conversa com todo mundo
Mas tu não me engana
Sempre bacana
Chei da grana
Vem aqui todo dia
Não duvido que venha aqui até moribundo
Pois eu já sei de tudo
Pode parar com isso
Acabou a graça
Aqui não tem nenhuma palhaça
Vai-te embora
Tudo jogado fora!
Beija-me
Antes que seja tarde
Beijamin,
Toda essa sensação que me invade
Beija-me
Antes do anoitecer
Beija-me
Um pouco depois do amanhecer

Porque eu posso esperar
Eu tenho que esperar
Não posso viciar
Beijamin, beija-me

Beija-me
Por mais um segundo
Deseje-me
Mais que tudo neste mundo

Eu tenho que te ter
Não consigo te esquecer
Oh, Beija-me, Beijamin

Beijamin, cadê você?
Beija-me antes do anoitecer
Beijamin, cadê você aqui?
Não consigo não pensar em ti

Porque eu posso esperar
Eu tenho que esperar
Não posso viciar
Beijamin, me beija!
E essa vontade de chorar
O que será?
Não é um cisco
Nem nada disso

E essa vontade louca de chorar
E berrar
Tem algo aqui me machucando
Alguma coisa me sufocando

Me deixa chorar
Só assim eu vou saber
Por que tanto sofrer
Depois, espero, tudo melhorar

E essa vontade de chorar
No que vai dar?
Eu não resisto
Eu vou chorar, eu vou gritar,
Eu vou sentir a emoção
Me entregar de coração

Me deixa chorar
Só assim eu vou saber
Por que tanto sofrer
Depois, espero, tudo melhorar
Me esqueci de te escrever
Me esqueci do que era pra ser
Me esqueci de esquecer
Me esqueci de dedicar versos tontos
Me esqueci das conversas todas
Me esqueci dos abraços
Me esqueci de esquecer os amaços

Me esqueci dos dentes batidos acidentalmente
Me esqueci do "querida"
Me esqueci do sorriso meio-contente
Me esqueci de perguntar de aquilo foi acidente
Me esqueci da ida
Me lembrei da volta
E que volta!

Me esqueci da cor do teu casaco
Me esqueci se você pelo menos estava com casaco
Me esqueci da cor dos seus olhos
Me esqueci de fechar os olhos
Me esqueci dos beijos no pescoço
Me esqueci da pressão
Me esqueci da tensão
Me esqueci do tesão
Me esqueci de lembrar que tenho que largar o osso e deixar...
Você esqueceu meu chá
Eu sabia que não seria capaz de me achar
Você não faz idéia do que quer ser
Sabia que ia esquecer
Tuas ideologias, tuas vontades, no que você acreditava...
Você agora só é uma alma perdida
Porque você esqueceu meu chá?
Nunca pensei tanto em ti
Quero você por aqui
Pertinho de mim
Quando quiser pode vim

Vem me ver
Só você me faz esquecer
Toda a realidade
Vem logo, tô com saudade

Penso em você todos os dias
Quero te ver todas as noites
Sentir teus toques
Respirar você por todas as vias
Música por: Layza, 9 anos.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Cade teu disco

Cade teu disco do Queen? Cadê que eu não acho?
Já procurei por todo canto, por todos os lados. Procurei debaixo do sofá e em todo lugar.
Cadê você que eu não acho? Você não está em nenhuma outra música, em nenhum outro disco, em nenhuma outra banda.
Cadê você e a porra do teu disco do Queen?!
Vago por aí
Tentando sentir
Vago sem saber
Por onde seguir
Tento entender
O que sou, quem sou
Há dias tento responder:
E agora o que me restou?

É o conjunto da mesmisse  e ordem
É voltar antes que todo mundo acorde
Ser o que querem que eu seja
Desde que eu não veja...

Sem saber o que fazer
Quem vou ser
Tudo por todos
Nada pra mim,
Tudo de mim
Para os outros

É o conjunto de estupidez humana e tédio
"Se sentir dor toma remédio"
Ser o que querem que eu seja
Desde que eu não perceba
Ainda sou noite,
Sou a madrugada
Ando desolada
Ando sem sorte

Noite que quer ser dia
Claridade é rara
Veio a dor que eu não sentia
Ou só não reparara

Quero ser clara
Quero ser rara
Quero uma luz que me conduza
Ainda sou noite.

Mini-Questionário

• Você vive ou sobrevive?
• Quantas pessoas estão te esperando?
•Quantas pessoas você está esperando?
•Passado, presente ou futuro?
•É possível viver de(o) amor?
(...) Desperdiço meu tempo pensando no se
No que se foi
No que virá
No que virou
No que restou
Restou eu, aqui...
Não vou gastar minhas lágrimas com você
Vou aprender a ser forte,
Continuar a sobreviver
Tento tanto não perder tempo pensando em ti
Mas é assim todo dia,
Não vou mentir
Penso em você todas as horas do dia

"Dias felizes não chegam e horas felizes passam rápido."

Gosto quando o sol bate no teu rosto
Gosto do jeito de quando fica sem jeito
Gosto de ver você de costas olhando o mar
Gosto de ver você fumar
Gosto de ver você tragar um cigarro como se fosse o último
Gosto da sua cara de louco
Gosto dos teus cabelos soltos
Gosto da tua voz meia rouca
Gosto de ouvir você cantar
Gosto de te imaginar.
Imaginar teus jeitos e tre-jeitos
Gosto de te ver desenhando
Gosto de ter aquele papo-cabeça contigo
Gosto de ri de você toda vez que fala mal de uns e outros
Gosto de lembrar de você e sorrir
Gosto de lembrar de ti toda noite antes de dormir
Gosto de fazer rimas-por-acaso pra você
Eu gosto de você.

Quantas pessoas

Quantas pessoas estão escrevendo para a pessoa amada
Quantas pessoas estão esperando essa chegada
Quantas pessoas estão transando no carro
Quantas pessoas não fazem mais sexo nem no quarto
Quantas pessoas estão fumando um cigarro
Quantas pessoas estão ainda no trabalho
Quantas pessoas estão se divertindo
Quantas pessoas estão dormindo
Quantas pessoas estão assistindo televisão
Quantas pessoas precisam de um coração
Quantas pessoas estão sofrendo
Quantos bebês estão nascendo
Quantas pessoas estão chorando
Quantas pessoas estão te esperando?
Quero conversar tomando um chá,
Tomando um chá no sofá
Eu quero conversar
Conversas que duram horas
Falar de Elis Regina à Et de Varginha
Conversar tomando um café,
Falar de fé.

Sabe, olhar de cumplicidade, empolgação
Só quero simplicidade
E conversas que durem um tempão.

Sou feliz sendo infeliz.

Fumo pra saciar minha vontade de você, bebo pra tentar te esquecer. Tudo em vão...
A cada maço de cigarros, três são pra ti. Três cigarros à nós.
Um brinde pra essa história, toda nossa trajetória fracassada.
Estou cansada de lamentar toda noite antes de dormir, de me perguntar o que fez você partir, do porquê d'eu ter deixado você ir.
Cigarros para enganar minha dor. Um café, unhas pretas, dentes amarelos foi o que me restou.
E agora para onde vou?
Tua fome que mata gente
Tua sede que seca a fonte
Empilha os corpos na ponte
Agora sim está contente.

Suprindo as necessidades
Saciando as vontades
Fingir lamentar-se das calamidades
Reclamando das barbaridades
Ajudante do diabo
Faz o mal e depois tira o rabo
Fala que é crente
Crente e boa gente
Faça-me um favor: Nem tente parecer alguém descente.

Sou meu

Meu eu
Meu teu
Meu nosso
Minha contradição
Minha falta de noção
De divisão

Sou eu
Sou teu
Sou de ninguém
Sou seu bem
Agora vem
Vem ser meu
Ser sem ser
Sentir sem tocar
Falar só por falar.
Quatro pessoas morreram
Duas foram presas
Quatro famílias sofreram
Quanta frieza!

Quarenta inocentes na cadeia
Toda a cela cheia
Oitenta bandidos nas ruas
E é tudo culpa tua!

Mentiu pra todo mundo,
Não fez nada pela cidade
Acabou-se o assunto
-Que se foda a sociedade!

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Hoje o Sol e a Lua foram descansar
E as estrelas foram brincar por lá
Hoje choveu
O céu escureceu
E eu aqui
Pensando em ti

Hoje fez calor
A Lua não iluminou,
Estrela cadente não passou
As nuvens vêm chorando,
Vêm desabafando
E o que eu faço com esse amor que estou carregando?

Sorte mesmo tem essa tal de Lua
Que ilumina tua rua
Te ver dormir, te ver sorrir
E eu aqui
Só pensando em ti

O Sol as vezes passa por aí
Depois vem correndo até mim
Contar tudo o que perdi
A Lua briga com ele
Fala que é feio espionar
E pior ainda é fofocar
Só que ela já sabia
Que o teu amor me pertencia.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Quem é a Hada?

A Hada pode ser a Raissa
A Taissa, Larissa
Hada pode ser a Gisele
Isabele
Isabela
Manuela
Pode ser Viviane
Gislaine
Tassiane
Josiane
A Hada pode ser a Catarina
Joaquina
Pode ser Maria
Maria Eduarda
Maria Joana
Maria Firmina
Mariana
Marina
 Hada pode ser plantada
Distribuída
Cultivada
Morta.
Não importa quem é
Não importa o nome ou sobrenome
Não importa o nome que tá na identidade,
Não importa a idade
Não importa quem é Magda
... Ou Hada

terça-feira, 3 de abril de 2012

Um café:
Uma café frio
Um café passado
"Quanto custa o Café do Rio?"
Um cigarro:
Um cigarro aceso
Um cigarro apagado
"Me vê um cigarro fiado"
Um isqueiro:
Um isqueiro aceso
Um isqueiro sem gás
"Por favor, ainda tem aquele isqueiro de cinco reais?"
O gato:
O gato vira-lata
O gato molhado
"Será que ainda tem sardinha em lata?"
O quarto:
O quarto escuro
O quarto bagunçado
"Quando esse quarto vai ser arrumado?"
O sapato:
O sapato descolado
O sapato gasto
"O melhor é ficar de pé descalço."
Meu amor,
Procure alguém que te dê amor
Nossa laranja apodreceu
O seu amor não sou eu.
Me deixe ir
Você tem o resto da vida a seguir
Agora é hora de partir...

Quais são as coisas simples da vida? #1

O amor?
O amor leva tempo pra achar. Tem que cativar, cultivar e zelar.

Freira Odicélia

Uma freira atoa
Numa sexta-feira boa
Passa o vento no convento
Mas não passa o tempo
Um terço no pescoço,
Pescoço de puro osso
Rezemos a missa
Pra quem estiver lá em cima
Freira velha
Com ela carrega a ilusão
De que existe essa tal de salvação
Essa é a Freira Odicélia

Nem tudo na vida precisa de títulos.

Tua pele brilha e ilumina,
Teus lábios fechados e rosados,
Tua barba recém-tirada e tuas unhas cortadas,
Teus olhos pequenos.
Te olho toda noite em sonos serenos
Meu homem, meu amor.
Viajando... seja lá pra onde for.

Deixa de zanga, menina. Senta aí que te passo um café, se pedir com jeitinho posso te fazer um cafuné. O meu amor é teu, se tu quiser.

terça-feira, 27 de março de 2012

Um exemplo

A pessoa usa as outras, se usa, é usada sem ao menos perceber. Isso é triste, muito triste. É usada sem nem perceber e sem querer. Se usa querendo aparecer para outras pessoas usadas, usando. Usa sem medir as consequências, sem se preocupar com o sentimento alheio, sem se preocupar com o mal que está fazendo para si mesma e para outros.
Na verdade, é muito complicado entender todo esse "usamento" de pessoas.
Em um namoro, por exemplo, ambos se amam porém se usam. E, mesmo sem amor se usam ainda mais, com mais riscos de machucar os sentimentos do parceiro. Cada qual tem seu motivo.

sábado, 24 de março de 2012

Não há nada demais
Eu estou em paz e quero que fique em paz
Descansa
Não perca o ritmo, não saia da dança
Daqui a um tempo isso só vai ser mais uma lembrança
Deixe se levar
Pela brisa que daqui a pouco irá passar
Se deixe levar
Por quem sabe te amar

Por favor me traga um incenso de bom senso.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Rascunho sem título #9

Vou começar a guardar todas as coisas especiais pra mim
Tô pensando em guardar você
Vai ficar ao lado do meu vidrin
Na minha canastrinha
Eu brincando de Emília
Vou carregar tudo o que eu ver


Eu vivo de...?

Não trabalho, não tenho dinheiro pra fazer as compras do mês, não pago a conta de luz, água e telefone. Não ganho mesada, não ganho dinheiro de graça. Não saio pedindo na rua, não faço malabarismo no sinal pra ganhar uns trocados. Acho que vivo de amor, só pode.
Ah, me lembrei: Eu não tenho um amor.

Rascunho sem título #8

Quem será teus amados, jovem? Será eles bolivianos, ou angolanos, ou brasileiros, ou americanos? Será que cada um terá nacionalidade diferente? Ê minha jovem, terás que viajar esse mundão inteiro em busca do conhecimento de teus amores.
Isso mesmo: amores! Tu achas que tens só um amor? Um é tão pouco, minha jovem. Tu tens dez, mil ou mais. Tu tens quantos quiseres. Teus sentimentos vão decidir tudo por ti. Sem preocupações (eu espero).

Fatos e fotos

Entre fotos e fatos eu vou me lembrando
Aquela tarde em que pulamos a cerca
Da sua mãe brigando
Dizendo que de preocupação ia ficar careca

Não ligamos
Avançamos
Nos amamos

Entre fatos e fotos recordando
Momento de desespero
Naquela noite em que pulamos no galinheiro
Nos ovos fomos pisando

Não ligamos
Avançamos
Nos amamos

Entre fotos e fatos continuo chorando
Sempre lembrando
Continuo me lamentando
O descontrole te levou pra longe de mim
 E hoje estou assim
Sem você aqui.

Não ligamos
Avançamos
Nos amamos
Nos descontrolamos
Nos amamos...


                     "Caminhemos de mãos dadas
                      Uma apoiando a outra em qualquer parada
                      Fidelidade invejável
                      Vou parar com essas palavras complicadas"

Música para minha amada



"Sem essa de pra sempre
É amor, até deixar de ser
É amor até deixar de florescer...
E morrer"

Não ligue pra essas bobagens amor
Plantamos outra flor
Qualquer dia desses veremos crescer
De repente
Novamente
Até de novo, morrer

Sem pessimismo bobo
Estou aqui
Ainda  vamos brincar muito que você é a mocinha e eu sou o lobo
Até eu te roubar pra mim,
Vamos brincar de urso e colmeia
E quando idoso, vou te chamar de véia


domingo, 11 de março de 2012

Renato, namorado imaginário.

-Você sumiu.
-Não tem como eu ficar longe de você. -dizia eu
-Mas tem como eu ficar longe de você.
-É... Andei muito ocupada.
-Apaixonada por outro. Eu sei.
-Não deu certo aquela besteira, só tenho você.
-Eu sei... Mas você precisa de alguém real.
-Ninguém me quer.
-Eu quero, sou alguém.
-Alguém imaginário, alguém que mora na minha cabeça.
-Mas te faço companhia quando lembra de mim -sussurrou ele
-É...
-Se ele não ligou pra você é porque não te merece.
-Não é assim! Todo mundo diz isso, não é assim!
-É sim.
-Vai que eu quem não mereço ele, eu quem não sou boa o suficiente pra ele. Ele deve saber disso por isso não  tá nem aí pra mim.
-Então se não é boa o suficiente pra ele, você é boa o suficiente pra mim. - ele tentava me tranquilizar
-Isso está errado
-Por que?
-Por que você mora em mim. Se eu sou boa o suficiente pra você, eu sou boa o suficiente pra mim, só pra mim. Isso é muito narcisista e egoísta. Na verdade, eu nem me acho boa pra mim mesma.
-Assim você complica tudo.
-A vida é complicada... eu só ajudo ela.
-Vem cá deixa eu te abraçar.
-Preciso de alguém real. -disse eu chorosa
-Precisa mesmo... -por fim disse ele.
                                                         
                                      (clique na imagem para ampliar)                   

(...)



(clique na imagem para ampliar)


Preciso de inspirações

Nos conhecemos na café



Ela: Como gosta seu café?
Ele: Amargo. E o seu?
Ela: Doce.
Ele: Hum...
Ela: Posso te perguntar uma coisa?
Ele: Pode.
Ela: Por que gosta de café amargo?
Ele: Porque é bom?...
Ela: Não deve ser por isso.
Ele: Mas é. Pode acreditar, se quiser.
(silêncio)
Ela: Tipo eu, gosto de café doce porque de amargo eu já tenho a vida. Café doce me dá um sentido pra viver, melhorar a vida. Torná-la doce.
Ele: Interessante...
Ela: Agora fala: por que gosta mais de café amargo?
Ele: "Por que gosta de café amargo?"
Ela: Engraçadinho...
Ele: Ok. Café amargo é bom. De verdade. Mas... é como a vida, decidimos. As vezes amargo é melhor que doce. Em todos os sentidos.
Ela: Qual sentido especificamente?
Ele: A vida. Vida amarga não é tão ruim. Eu já gostei de café doce, tive uma vida "doce".
Ela: E como foi?
Ele: Sinceramente?
Ela: Arram!
Ele: Foi uma bosta.
Ela: Uma bosta por quê?
Ele: Você faz muitas perguntas.
Ela: Eu sei...
Ele: Uma vida doce não é ruim enquanto está doce. Mas aí chega um dia que tudo desmorona sem mais nem menos e você tem que viver com a dura realidade: a vida é amarga. Vida amarga é um fato. Temos que aceitar e viver.
Garçonete: Qual será o pedido do casal?
Ela: Dois cafés amargos e dois bolinhos de chocolate.
Ele: Aprendeu rápido.
Ela: Não há nada de mal em aceitar a realidade.
Ele: Ok, ok. Mas não pode deixar de gostar das coisas que você gosta só por causa da vida.
Ela: Vou tentar.
Ele: Ok.
Ela: Meu nome é Amelie, prazer.
Ele: Alfredo. Prazer é todo meu, menina do café doce e vida amarga.

Não aconteceu nada!

Ele: O que está acontecendo?
Ela: Nada.
Ele: Ei!
Ela: O quê?
Ele: Nada.
Ela: Não começa.
Ele: Não comecei nada.
Ela: Ok.
Ele: Você quem começou.
Ela: Eu não comecei nada.
Ele: Ok.
Ela: Ok.
Ele: Por que você tá assim?
Ela: Assim como?
Ele: Implicante.
Ela: Mas você quem começou.
Ele: Foi você.
Ela: Não, foi você.
Ele: Ok.
Ela: Ah, ok.
Ele: Vai me contar?
Ela: Vou.
Ele: Ótimo. O que aconteceu?
Ela: Completamente nada.
Ele: Ok.

Quem criou a sua realidade?

"Você já me notou?"

-O que há de errado em mim?
-Como assim? - ele perguntou assustado
-Você nunca me notou né?
-Já vi você andando pela escola.
-Mas nunca me notou.
-Qual é o seu nome? - ele tentava mudar de assunto
-Não importa. Não muda de assunto!
(silêncio)
-Fala! Você já me notou?
-Notar?...
-Ah, ficar me olhando com desejo.
-Não.
-Precisa ser tão direto?
-Desculpa
-Não precisa pedir desculpas.
-Desculpa
-Desculpa eu. Sei que te assustei chegando assim. - eu estava tão triste
-Desculpada então
-Ora. Eu sou tão feia assim?
-Não. Acho que não.
-Eu sei que sou. É minha testa, não é? Ela é grande demais.
(silêncio)
-Credo! -disse eu rompendo o silêncio
-O quê?! - ele parecia assustado (novamente)
-Você se calou. Eu sou feia mesmo.
-Não. É que... eu menti.
-Como assim? Eu sou "gata"? -fiz um chame na hora do GATA
-Não. Sim... Ah, eu já te notei, eu ia falar com você mas agora eu sinceramente...
-Fala!
-Sinceramente... eu agora tô com medo de você.
(silêncio)

Contradição

Não quero me lembrar:
Tudo é uma tortura para mim nesse momento. Por que tudo não apaga da minha memória como se num blackout? Sinceramente, cansei dessas lembranças.

Quero me lembrar:
Afinal, tem lembranças que faz bem a saúde, a alma. Quero me lembrar de tudo, quase tudo. Me lembrar de ti, de nós.

Preciso

Preciso chorar um pouco para tentar amenizar a dor. Deixar transbordar todas as emoções para logo depois secá-las e enterrá-las em um lugar onde só eu (se quiser) poderei achar. Preciso de tempo, de dias e de noites ouvindo as músicas mais tristes deste planeta, preciso ouvi-las pra estimular todas as emoções. Preciso de diário também para que aqui e ali eu anote uma frase de ódio, um texto de amor, um pedido de socorro, uma palavra de sofrimento. Preciso de comida (não pode faltar) se não morro de fome. Preciso de um ombro amigo, uma pessoa calada um apoio certo. Preciso de uma cama arrumada. Preciso desarrumar a cama de tanto ódio, preciso desarrumar a cama por causa da insônia. Eu só preciso chorar...

Rascunho sem título #7

Desde quando eu ganhei a responsabilidade de ser cuidadosa com as pessoas, de medir as palavras antes de falar com tais, de censurar o que penso, reformular outra ideia e falar outra coisa completamente diferente? Sei que estou sendo egoísta, eu sempre sou. Mas tenho consciência disso tudo e também, tenho plena consciência de que estou sendo sufocada por mim e pelas pessoas que tento ser agradável e cuidadosa. Sou cuidadosa com todos eles, quero agradar sempre todos mas não estou me agradando. Não estou feliz comigo mesmo.
Agora, preciso de ajuda, cansei de ser cuidadosa com as pessoas e não comigo. Cansei.

sábado, 10 de março de 2012

Tarde da última sexta-feira de março

Apesar da chuva que caia sobre mim, sobre aquela pequena região havia algo de errado.
A chuva molhava meu corpo, meus cabelos, meus materiais escolares mas havia algo seco, doído: minha garganta. Acabara de lembrar daquele último resfriado que tive, a febre, a garganta doída e seca. Não estava gripada. Nenhuma tosse, espirro ou qualquer outra coisa então, por que minha garganta estava doendo tanto?
Saí da escola duas aulas mais cedo, esperei alguma companhia de volta para casa mas ninguém se candidatou porque estava chovendo. Fui na chuva andando devagar, sem ligar pro mundo, pros carros, pra chuva. Veio a vontade de chorar, um aperto no coração e a maldita da garganta seca. De primeira, só identifiquei a garganta enquanto pensava nas amizades não-verdadeiras, problemas que minha mãe teria tido e do quanto sou descartável.
Cheguei em casa e ela estava vazia eu estava sozinha em casa, estava sozinha na vida. Pus a chorar por todos aqueles problemas, por estar sozinha sempre, por ser egoísta por pensar que estou sozinha sempre, por ser egocêntrica. Troquei minhas roupas e dormi na cama macia e protetora de minha mãe. Acordei de noite ainda chorosa.

terça-feira, 6 de março de 2012

Posições/amores

Sabe quando tentamos dormir e não achamos uma posição confortável e só depois de um tempo achamos uma? Então, os amores são posições, certos amores.
Estamos com insônia querendo muito achar logo uma posição confortável só para pensarmos na vida e adormecer. Não conseguimos dormir e a posição começa a ficar desconfortável novamente.
O amor é isso. Posições. Achamos um amor "confortável", um que achamos que vai ser eterno, que os amamos incondicionalmente. Logo, vamos conhecendo como ele realmente é, qualidades, defeitos, muitos defeitos... Temos que mudar, procurar outro que nos deixe mais confortável, que seja tão ou mais perfeito que a sensação da primeira posição ou do amor. É complicado falar de posições e amores como se fossem coisas iguais, mas essa é a verdade: Amores são posições. Posição de conforto, de sentimentos, de amores, de saudades, de beijos, de carinhos, de brigas, de desconforto...
Não há apenas uma posição para acharmos, devemos procurar e experimentar posições inusitadas talvez elas nos agradam e nem nos damos conta. Talvez ficar de bruços é uma posição confortável neste momento e nem nos damos conta.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Pensamentos Aleatórios 1

Faço por você o mínimo e o máximo. Desde ficar nas pontinhas dos pés só para te abraçar. Por você posso ficar por horas e dias com o pescoço esguio como de uma galinha só para te beijar. E você... não faz por menos. Eu sei que é amor, tenho certeza. Se não fosse tu não ficaria todo corcunda e sem jeito para receber um beijo meu. Não me pegaria no colo e me rodaria, me fazendo a pessoa mais sortuda, a mais feliz. Mais feliz  do que todas as pessoas felizes.

Amor não tem idade e nem idade tem amor.

Se  repetem tanto que amor não tem idade por que caçoam, julgam aquela pessoa desde a menor idade? "O que entende de amor uma menina de 12 anos?". Pode ela achar o amor da sua vida e depois perdê-lo. Pode ela achar que é o amor da vida. Pode ela achar que achou o amor, mas não o amor da sua vida. Pode ela se apaixonar, amar, ser amada. Amor não tem idade e nem idade tem amor. Seja lá o que o amor for.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

A luz está acabando

Minha luz está acabando, toda aquela luminosidade. Minha graça já não tem mais graça, meu sorriso perdeu a cor, amarelou. Meus olhos perderam o brilho, o iluminador apagou. Aquele vaga-lume que morava em mim foi embora, tudo o que eu fiz foi simplesmente desfeito. Aquela pessoa que era corada e cheia de vida que eu costumava ser não existe mais, agora é uma pobre infeliz e pálida. Pálida como um defunto. A felicidade é muito difícil de alcançar, tem que lutar todos os dias para ficar com ela. Mas sinceramente eu não sei se tenho forças para continuar.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

"Escrevendo sem querer o fim"


Passeando contigo, deixando nossas pegadas pra trás, na neve. Sentar, descansar, namorar um pouquinho. Não passou mas já estou com saudades disso tudo, você, eu, o frio, o banquinho. Entre pontos e vírgulas vou escrevendo o que está acontecendo agora, vou escrevendo cada sentimento, escrevendo sem querer o fim dessa história. Meu bem, com você me sinto tão bem, sem saber direito o que isso tudo vai dar, aonde vai nos levar mas quero sempre, sempre contigo caminhar, namorar, amar.


                                                                                       (trechinho feito por causa dessa linda foto)

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Codinome para o meu namorado imaginário parte 2

...Uma semana depois...
E ai?. E ai...?. Meu codinome. Ahhh, já inventei. E qual é?. Diz você primeiro, você ficou fazendo suspense e fiquei curioso. Ah ok. Aposto que vai ser BONITÃO. Sem graça, não é esse. E qual é?. Pardal!. Pardal? Urgh!. Não gostou? Eu pensei em outro codinome, mas Pardal combinou mais com o que eu sei de você. Ah ok. Não é tão mal assim eu acho, me explica o por quê de Pardal. Nah! Qual é o meu codinome? Tô ansiosa pra saber. Eu pensei muito no quanto você é louca com esse negócio de codinome e pensei também no quanto é difícil achar um codinome pra você. Por quê?. Porque você tem um jeito só seu e tem que achar um apelido, um codinome especial pra ti. Tá, tá e qual é?. Nina. Por...?. Por que Nina? Hum... Porque fala tudo! Quando eu pensei em Nina me veio na mente uma menina tímida daquelas que não conseguem nem olhar outra pessoa nos olhos sem ficar constrangida, uma menina frágil e dependente de alguém que dê força e passe confiança pra ela, menina que não tem vergonha de falar no que acredita, menina sensível, vulnerável mas mesmo assim luta pelo que quer e consegue. Nossa!. E essa pessoa é você, tudo nessa menina é você. Nina... Gostei. E porquê Pardal?. Hum... Não sei se você percebeu mas os pardais são uns tremendos artistas. E...?. E espera, deixa eu terminar!. Ok. Eles são livres e independentes, são cantores por natureza e como cantam... Voam sem medo, assim como você só que você voa por imaginação, você tem muita criatividade. Tenho?. Tem. E se apaixonam facilmente (pelo que vi no canal de animais) sem medo dos julgamentos, eles acolhem quem eles amam e fazem de tudo pra quem amam. Nossa!. Você é o Pardal mais lindo do universo!. Desculpe... Não sou assim. Ah cala a boca! Você não sabe o que diz. Sério. Você é assim e mais um monte de coisas mas você não enxerga porque cuida demais de quem ama e não enxerga o quanto tu é bom com todo mundo. Obrigado. Sem obrigados. Eu te amo, Nina. Meu Pardal...


Tenho vários personagens em minha mente. Psiquiatra, o namorado, uma amiga, um amigo, um amigo de infância, um gato, e tenho até uma vida. Isso mesmo uma VI-DA.
Hoje, agora pra ser mais exata estava eu vendo essa foto acima daí eu pensei: "Nossa, nós somos cabelos! Na verdade não... somos piolhos, somos a cabeça. Será?"
Não cheguei em nenhuma conclusão para fazer um texto à altura do meu pensamento repentino, mas faço-lhes uma pergunta para refletir: Afinal, somos piolhos, cabelos ou cabeças?

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Pra Mimosa


Quando você tá aberta você não tem medo, não tem vergonha de ser vc, de se abrir pra quem quer que esteja ali te vendo contanto que seja intimo o bastante pra te ver por inteira, sem timidez. Mas quando vc sente que alguem ta invadindo teu espaço vc recua, quando alguém te adimira tanto ao ponto de invadir, sua timidez ataca e você se esconde mas mesmo com a timidez e todo esse suposto misterio nao deixa de ser bonita e tbm tem mta gente que sente sdds dessa planta assim como mtas pessoas sentem sdds de você.

Psiquiatra imaginário: Os lápis e canetas

-Tina, na analise passada falamos do papel. Hoje será o lápis.
-Ok, ok. Mas o que você pretende com esses objetos? Quer saber se eu terminei os estudos? Quer que eu vire professora? Quer que eu trabalhe em um armarinho?
-Muito engraçado.-ele nem riu- mas não, quero ver com quais objetos se identifica. E afinal não tenho que te dar explicações.
-Claro que tem eu te pago pra isso.
-Não. Você me paga pra falar da sua vida e eu só escuto.Como você vê o lápis?
-Depende da cor... tem uns coloridos, tem uns pretos e tem os lápis borracha. Tem os pequenos e grandes.
-Essa analise não está sendo produtiva.
-Esse problema é seu, te pago pra isso.
-Não. Você me paga pra falar da sua vida e eu só escuto.
-Sempre a mesma coisa. Enfim eu vejo os lápis como um grande filho da puta mas não tão grande como as canetas.
-Por que?
-Por que elas escrevem em mim. Se eu sou o papel e o resto da humanidade são as canetas e os lápis eu sou a única que morre primeiro. Eles escrevem meu destino. Eles são uns filhos de uma mãe cujo faz de tudo pra vira uma puta pobre!
-Hum?...
-Não quero ser um papel, quero trocar de papel. Se sou papel eu morro primeiro né?
-Não sei, diz você.
-É! Eu morro. Eles erram em cima de mim, me jogam fora e eu morri enquanto eles vivem durante muito tempo   até que acaba a ponta do lápis mas ai renovam ele. O apontador de lápis na verdade é um salão de beleza. Os lápis são essas meninas que vivem no salão, malditas! E as canetas... vacas! Se conservam com suas tampas mas mal sabem elas que sua tinta, seu conteúdo vai acabar e ela vai pro lixo. Ela fez comigo e outra coisa vai fazer o mesmo com ela. Bem feito.
-Definitivamente essa analise não foi produtiva.
-Eu te pago pra isso e cala a boca!
-Mas eu sou imaginário...

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Codinome para o meu namorado imaginário parte 1

Hei, não quero que me chame de amor. Por que?. Porque todos os namorados comuns chamam uns aos outros de amor. E qual o problema?. Não quero que o nosso namoro seja comum. Mas não é. Se você me chamar de amor será, normalmente namoros comuns duram pouco e quando acabam é com inimizade. Ok. Quer que eu te chame de que?. Sei lá, mô?. Nah! Comum e brega demais, credo. Ah não sei então. Já sei! Inventa um nome,um nome comum mas não tão comum como Carla, João... Inventa um codinome pra mim e eu invento um pra você. Não entendi. Assim, você inventa um codinome pra mim daí só você vai poder me chamar desse codinome, é um nome pra substituir o tal amor, mô, bebê, bê e esses derivados horrendos. Ah entendi. E então?. Então o que?. Então qual vai ser meu codinome ao invés de mô?. Ah não sei, não deu tempo pra pensar. Pensa logo, eu já inventei o seu. Qual é?. Pára de sorrir! Quando você inventar o meu codinome eu falo o que eu inventei.

Diálogo com o namorado imaginário

-O que é isso?
-Isso o quê?
-Isso. A gente...
-Ah, o que tem?
-O que é? O que somos?
-Namorados ué.
-Somos namorados?!
-Somos.
-Então posso contar para as minhas amigas que eu tenho um NA-MO-RA-DO?
-Não!
-Por que?
-Por que elas vão fazer de tudo pra acabar com nosso namoro que começou oficialmente em menos de 3 minutos.
-Ah... não pense que é só porque estamos namorando que você vai mandar em mim. Eu vou contar!
-Ok.

Psiquiatra imaginário: A papel

Meu psiquiatra amassava o papel olhando fixamente pra mim com um sorriso amarelo, literalmente amarelo. Jogou o papel em cima de uma mesinha entre nós e me perguntou:
-Então Tina, você viu que eu amassei o papel, sim?
-Sim. -disse eu olhando para o coitadinho do papel jogado, abandonado na minha frente- sim, vi.
-E o que você sentiu? Digo, se você fosse um papel como se sentiria?
-Bom eu não sei... me sentiria mal talvez.
-Desenvolva! - olhava pra mim como se a qualquer momento fosse apontar seu dedo curto na minha cara.- como se sentiria?
Eu estava nervosa. Que cara chato, eu não sou um papel, oras bolas.
-Me sentiria mal... muito mal - disse eu apressada. Que conversa sem sentido- digo... - tentava gesticular com as mãos- sabe?...
-Não. Não sei, Tina, me explique!
-Eu sou o papel.
Soltei isso em um urro e meu Deus eu estava certa eu era o papel. Eu sou um papel.
-Eu sou um papel. Posso servir para algo mas não sou o essencial na vida das pessoas. Elas me usam e quando erram uma simples letra ou palavra me arrancam do caderno, da minha casa e me jogam fora.Eu não sou a culpada pelo erro dessas pessoas mas mesmo assim elas me culpam. Eu quero minha casa!
 Elas fazem jogos em cima de mim e quando tudo termina, quando eu estava me divertindo elas param, enjoam e me jogam fora. Me atiram em cima de outras pessoas me monopolizando e Santo Deus eu não sei o que eu faço, se desvio de tal ou se apenas me deixo ser monopolizada. Eu sou passiva. Sou um papel.
-Prossiga...
-Não sei o que eu faço - virou um desabafo. Eu chorava. Por que eu chorava tanto?- elas me amassam, me rasgam. Eu... Ai meu Deus o que a árvore deve pensar de mim?
-Como, Tina?
-É -e lá ia eu de novo gesticulando com as mão numa tentativa desesperada de ele me entender- a árvore. A minha mãe. Ela fez de alguma forma de alguma maneira ela quis que eu saísse dela, a natureza quis também, mas o pivô é ela. Ela me fez ir ao mundo, ela me deu um caderno. Uma casa. Eu tinha toda minha família do meu lado ali. E as capas, Beijamin eram eles, meus pais. Eles me fizeram, criaram... Eu era só um bloquinho de notas e eles queriam que eu fosse uma folha madura, adulta, uma folha de caderno. Eu fui. Eu sou.- olhei pra folha amassada na minha frente- Bom... eu era -disse eu triste.- Eles se orgulham das minhas outras irmãs folhas mas de mim não, me descartaram. Me sinto sozinha, amassada em formato de bola. Eu não sou gorda para ter formato de bola. Eu sou uma bola por quê? Coitada da minha mãe, coitada da árvore, coitada dessa bola de papel amassada... coitada de mim.
E o maldito psiquiatra me olhava com um sorriso no rosto. Eu não vi a menor graça.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Esperar um tempo pra ver, crer. Ver o que melhorou, o que piorou. Aprender o que no passado não deu tempo de ser aprendido.

continue escrevendo com o coração e será suficiente. (lecavc)

Treinamento

É tão clichê tudo o que eu falo mas as frases mais clichês são as que falam realmente a verdade. E a verdade, agora, é que eu não sei o que é verdade. Quero ser completa por você mas já sou completa. Têm várias formas de te explicar o que eu estou sentindo porém não acho nenhuma, não sei me expressar quando estou com você, perco a fala. A fala que ensaiei durante dias comigo mesma, olhando firme para a parede fingindo que era você e porquê com você por perto tudo fica diferente?

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Você

Você ocupa meu tempo
Você faz as rimas fugirem dos meus poemas,
Você rouba todas elas para depois recitá-las baixinho no meu ouvido
Você faz meu corpo estremecer com um simples toque
Só você tem o jeito de me fazer acordar de bom humor
Você me faz corar de tantos elogios recebidos
Você sabe como me fazer sorrir e chorar ao mesmo tempo
Você sabe me acalmar
Você não é mais um simples VOCÊ
Vou te chamar de amor. É, amor!
Porque sem você, amor, só me resta a dor.

Amor não dói

Não dói, amor
Amor não dói
Amor não machuca
Não machuca, amor
Todas essas mentiras sobre amor
Amor de verdade não tem dor
Amor de verdade é ter respeito
É ter o mesmo direito
Amor é ter igualdade e também uma certa compatibilidade
Andar de mãos dadas e sentir algo
Uma coisa boa, se sentir a salvo.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Rascunho sem título #6

Por que é tão difícil descrever o que eu sinto, descrever meus sentimentos?
Alguém me explica essa confusão de palavras que vem na minha cabeça só por tentar identificar um sentimento de outro.
Qual o nome daquele que me faz sorrir atoa quando penso em você? Que me deixa ficar horas e horas pensando e planejando uma vida contigo? E aquele que me faz chorar só de pensar em você longe de mim? Qual o nome desses "troços"?
 Não sei identificar esses sentimentos. Sei diferenciá-los -acho eu-. Quero chegar em ti e poder falar -o nome do tal sentimento- e sorrir de toda essa minha tolice de não saber qual é qual.

sábado, 7 de janeiro de 2012

Me desapeguei

Me desapeguei.
Ainda ontem estava culpando-me por ser tão boba ao ponto de ter algum sentimento por ti. Culpando-me por não ser digna do teu amor. Culpando sabe Deus quem por tudo isso ter acontecido.
Me desapeguei.
Sei que foi só mais uma ilusão. Paixão... Merda de coração!
Hoje sei quem de nós foi estúpido: Eu. Você. Não merece qualquer sentimento.
Meu travesseiro sabe quantas lágrimas por ti derramei e só eu sei quantas vezes ardentemente te desejei.
Me desapeguei.
Me restam vagas lembranças de nós em minha memória, pouco me lembro de ti...

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

...a vida é feita à base de voltas e voltas...

Rascunho sem título #5

O tempo agora se foi
Eu não vi quando ou pra onde foi
Levou pedaços de mim
E o pior é que eu nem senti
Todos mudam para a melhor
Mas eu continuo aqui, na pior

A minha visão do mundo é diferente. Me julgam pelo o que eu posso dizer sem nem saber
Me acham fria, imparcial, imprevisível.
Uma idiota total .

Me dá teu colo

Só quero uma frase dizendo que vai passar essa fase
Me dá teu colo
Sussurra-me coisas no ouvido
Diz que vai ficar tudo tranquilo
Por favor meu amor, quero você comigo pra onde eu for

Desculpa esse meu egoísmo
É que quando estamos juntos me vem um nervosismo
Tremor, gagueira, suor frio...
Não sei bem o que é, meu bem
Só sei que me faz bem

Indireta direta

Você acha que manda em mim
Mas não manda nem em ti
Pegando de fodão
Depois que a namorada vai embora se transforma só em um cuzão
Acha mesmo que tenho medo
Por você, não tenho nem respeito e isso não é segredo
Pra tua vadiazinha tu faz tudo
Pensa que é só casar que vai ganhar o mundo
Tu não passa de um simples idiota e um dia isso vai ter volta
Vou pisar na tua cabeça e dizer: Agora chora que eu quero ver!

Juventude dois mil

Meu sonho ser jovem novamente
Aquele jovem de antigamente
Poder ajudar o próximo sem esperar algum presente
Sonho meu acabar com toda essa violência
Com poucas exigências

Juventude dois mil:
dois mil agressores soltos
dois mil vítimas mortas
dois mil famílias com muita revolta

Sonho meu querer que os jovens de antigamente também fossem os jovens atualmente.

Lembre-se de mim (mais uma canção)

Se um dia você se for lembre que eu esperarei por ti
Leve o tempo que for.
Eu estarei aqui

Demore o tempo que quiser
Não se preocupe, eu estarei ao teu lado
Quando você vier  seu tempo fora será recuperado

Se um dia você voltar ficarei feliz
Sonho meu voltar a cantar
Aquela música que pra ti fiz

Demore o tempo que quiser, meu bem
Não se preocupe, eu estarei ao teu lado
Quando você vier  seu tempo fora será recuperado

Vou esperar...

Ao som dos pássaros, à luz do luar quero um dia poder te amar
Viver momentos raros ao teu lado
Será que um dia vou ter esse sonho realizado?

Quero ir pra longe com você
Aonde mais ninguém possa nos ver
Contigo e com a lua
Deus queira que isso seja possível
Ai Deus, que realidade terrível

Vou esperar. Esperar esse sonho ser realizado
Tomara que nada dê errado.

Você é demais para um pouquinho como eu.

Rascunhos sem título #4

Eu não sei  onde me perdi
Talvez me perdi em alguma escuridão
Só pra fugir de ti, não magoar meu coração

Rascunhos sem título #3

Minha felicidade é momentânea,
Minha saudade é constante,
Minhas lágrimas é meu alimento,
Minha dor sou eu.
Minha tristeza é de viver...

Álvares

Poemas com romantismo e sentimentalismo
Álvares de Azevedo, poemas doces e azedos
Um romântico sofredor que sempre sonhou com um amor
As vezes cínico mas nunca agressivo,
Surpreendedor e muito gozador
Vinte anos de presença e fantasia
Até seu último suspiro de agonia

Por favor, não se canse de me esperar.

Rascunho sem título #2

A doçura dos teus beijos, a profundidade dos teus suspiros
Teus devassos desejos de me arrancar gemidos
Teu corpo quente, tua pele macia
Insano prazer envolvente  de querer esquentar minha alma fria

Entre chupões e arranhões, cabelos puxados e olhos revirados
Estão dois corações que ambos foram machucados

Quero. Quero Algo.

Eu quero algo que arrebate minh'alma
Algo que me faça enlouquecer
Que me faça perder a calma
E que depois não me deixe esquecer

Quero algo que me faça sorrir todo dia
Algo hilário
Quero sorrir da ventania ou do meu pouco salário

Eu quero algo que me traga felicidade
Algo que me faça esquecer a hora
Que não me deixe sentir saudade
E a dor? Que vá embora!

Eu quero um pouco de tudo
Quero um pouco de nada
Quero viver meu lado obscuro
Mas também, viver minha outra metade iluminada.

Minha canção

Ainda estou aqui
Com um cigarro na mão
Tentando descobrir algo bom em mim
Meu Deus, preciso levantar desse chão

Caneta na mão
Caderno no chão
Vivendo sem nenhuma razão
Esta é a minha canção

Dormindo até tarde
Minh'alma arde
A dor me invade
Mas agora é tarde

Caneta na mão
Caderno no chão
Vivendo sem nenhuma razão
Esta é a minha canção

Eu tentei mas não consegui
Eu chorei até dormir
Eu juro que tentei.

Rascunho sem título #1


Tão doente e ao mesmo tempo tão normal
Tão sonhadora que chega a ser irreal
Meu amor por ti será imortal.

Chama-me...

Chama-me de amor por que é a única palavra que quero ouvir da tua boca
Chama-me de flor pois é assim que me sinto quando tu me toca
Tão segura e ao mesmo tempo tão solta
Tão leve que o vento traz e volta
Chama-me de dor por que mesmo assim moro em ti
Desculpe-me nos momentos que te feri
Mas juro que, foi bom pra mim
Chama-me de cor por que clara ou escura vou fazer parte da tua vida
Nem que seja te causando pavor ou extrema alegria


Lágrimas quentes

Lágrimas quentes escorrem pelo meu rosto
Ligeiras lágrimas quentes
Toda angústia sendo levada por esse choro
Estou me afogando em lágrimas quentes.

Desesperadas, agoniadas, apressadas vão de encontro com minha boca
Ligeiras lágrimas quentes
E acompanhando vem uma voz rouca:
Por que ainda mentes? Agora só me resta essas ligeiras lágrimas quentes...