Vivo com dores
Vivo sem amores
Vivo cheia
Quase sempre vivo feia
Vivo pelos cantos
Vivo os desencantos
Vivo, oi, tim, claro.
Vivo sem tudo
Vivo com nada
Vivo planejando o futuro
Vivo desperdiçando tempo
Vivo sem créditos, sem bônus, sem promoções.
Sobrevivo com o convívio
Sobrevivo com a vivo.
Vou mudar pra claro
Pra ver se não me sai tão caro.
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
Não sou poeta
Não sou profeta
Não sou autor
Não sou cantor
Tampouco pastor.
Não sou sincero
Não sou severo
Não sou ingênuo
Nem pense que sou estrênuo.
Não sou malabarista, pianista
Não sou escritor
Não sou pintor
Não sou artista.
Não sou otimista
Mas também não sou pessimista.
O que sou, na real não sou
Quando sou, na real, estou
Estou sendo. Vou sendo
Seguindo
Não sou entendido
Está tudo entendido?
Não sou profeta
Não sou autor
Não sou cantor
Tampouco pastor.
Não sou sincero
Não sou severo
Não sou ingênuo
Nem pense que sou estrênuo.
Não sou malabarista, pianista
Não sou escritor
Não sou pintor
Não sou artista.
Não sou otimista
Mas também não sou pessimista.
O que sou, na real não sou
Quando sou, na real, estou
Estou sendo. Vou sendo
Seguindo
Não sou entendido
Está tudo entendido?
Águas.
Nas águas claras eu vejo minha alma sombria
Nas gotas transparentes vejo a inquietude ambiental, espiritual
Natural.
Nas águas profundas do lago enxergo meu profundo vazio
Nas noites escuras sinto frio.
Olhando esse liquido cristalino
Vivo um paradoxo infernal.
Nas águas caídas do portal divino
Imagino-me no meu próprio funeral
Estou ficando louca.
terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
terça-feira, 12 de fevereiro de 2013
Não me faça ir onde não quero
Não me force a ser o que espera
Não me faça ficar atada aos nós da indecisão
Não me faça dar satisfação
Não me force a sorrir e dizer sim
Quando quero dizer não
Não me faça sair quando só quero dormir
Não me faça falar quando só quero pensar
Não me faça escutar quando quero ignorar
Não espere que eu seja comum
Não existe comum de um.
Não me force a ser o que espera
Não me faça ficar atada aos nós da indecisão
Não me faça dar satisfação
Não me force a sorrir e dizer sim
Quando quero dizer não
Não me faça sair quando só quero dormir
Não me faça falar quando só quero pensar
Não me faça escutar quando quero ignorar
Não espere que eu seja comum
Não existe comum de um.
Nesse quarto maldito
Da roupa maltrapilha se despe
Desprende seus cachos da cela elástica
Nesse quarto fodido
A sós com sua dor
Deita no leito proibido
Repousando sua cabeça em travesseiro imundo
Repousando sua memória eidética
Descansando esse espírito moribundo.
Nesse quarto fedido
Relembra sua vida lixo
Por um momento desapega-se de tudo.
Desapega-se do mundo.
Da roupa maltrapilha se despe
Desprende seus cachos da cela elástica
Nesse quarto fodido
A sós com sua dor
Deita no leito proibido
Repousando sua cabeça em travesseiro imundo
Repousando sua memória eidética
Descansando esse espírito moribundo.
Nesse quarto fedido
Relembra sua vida lixo
Por um momento desapega-se de tudo.
Desapega-se do mundo.
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
Veja
Essas veias da finura de teias
De aranha
Que não arranha, dá o bote
Golpe de sorte.
Veja
Essas veias
Cheias
De sangue
Veja
Essas veias extensas,
Tensas,
Expostas
Em seus postos
À espera da fera.
Veja estas veias sangrando, jorrando.
Nesse momento, veias vazias
Pele fria.
Veja
Essa dona
Hoje não foi seu dia de sorte
Foi o dia de sua morte.
Essas veias da finura de teias
De aranha
Que não arranha, dá o bote
Golpe de sorte.
Veja
Essas veias
Cheias
De sangue
Veja
Essas veias extensas,
Tensas,
Expostas
Em seus postos
À espera da fera.
Veja estas veias sangrando, jorrando.
Nesse momento, veias vazias
Pele fria.
Veja
Essa dona
Hoje não foi seu dia de sorte
Foi o dia de sua morte.
Palhaço listrado.
Borrei minha maquiagem de palhaço
E junto foi caindo gotas mal feitas do meu rosto borrado ,
Pingando o que era antes do diálogo inventado.
Diálogo inventado nessa tua mente doente, falado.
Antes de todo esse lixo verbal ser jogado em cima de mim.
Estou me desfazendo em líquido salgado.
Meu reflexo no espelho está apavorado.
Sou o mestre da alegria alheia, do tipo faça-os rir-ou-morra.
Quem me faz sorrir?
Ninguém me faz sorrir.
Mas tu, só tu, borrou minha maquiagem.
Desfiz.
Fui.
Desfui.
E junto foi caindo gotas mal feitas do meu rosto borrado ,
Pingando o que era antes do diálogo inventado.
Diálogo inventado nessa tua mente doente, falado.
Antes de todo esse lixo verbal ser jogado em cima de mim.
Estou me desfazendo em líquido salgado.
Meu reflexo no espelho está apavorado.
Sou o mestre da alegria alheia, do tipo faça-os rir-ou-morra.
Quem me faz sorrir?
Ninguém me faz sorrir.
Mas tu, só tu, borrou minha maquiagem.
Desfiz.
Fui.
Desfui.
sábado, 2 de fevereiro de 2013
Chuva que não lava a alma
Só traz mais lama pra minha porta
Chuva que não traz calma
Me sinto morta.
Chuva fraca sem importância
O dia todo cinzento
Todo dia
Ninguém na rua
Almas vivas
Gente dormindo
Gente chorando por pura solidão
Gente sem importância.
Afogados em chuva-miséria
Afogados em pouco, em nada.
Quase nada.
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